Pulo do Lobo

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quinta-feira, março 03, 2005

Otto Dix


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Otto Dix , o filho de Franz Dix (1862-1942) e Louise Amann (1864-1953) nasceu em Unternhaus, Germany, em 1891. Após ter frequentado a escola elementar trabalhou localmente até 1910, altura em que se ingressou na escola de artes e ofícios de Dresden. Para ajudar a financiar sua instrução, aceitou comissões e pintou retratos de cidadãos da terra.

Com o rebentar da primeira guerra mundial, em 1914, Dix alistou-se no exército alemão tendo sido colocado no regimento de artilharia de exército de campanha em Dresden. No outono de 1915 DIX foi enviado para a frente ocidental onde serviu como oficial inferior numa unidade de metralhadoras. Estava no Somme durante a principal ofensiva aliada durante o verão de 1916. DIX foi ferido diversas vezes durante a guerra. Numa, quase morreu quando um estilhaço de óbus o atingiu na garganta.

Em 1917 lutou na frente oriental e depois da Rússia ter negociado a paz com a Alemanha, DIX retornou a França onde participou em nova ofensiva alemã. No fim da guerra, em 1918, Dix tinha ganho a cruz do ferro (segunda classe) e sido promovido por actos de bravura em combate.

Depois da guerra as suas pinturas e desenhos foram-se tornando cada vez mais políticas. Como outros artistas alemães tal como John Heartfield e Grosz , DIX estava irritado com a forma como os ex-combatentes feridos foram tratados na Alemanha.

O quadro de 1923 „a trincheira“ foi comprada pelo museu de Wallraf-Richartz. Quando a pintura foi exibida em 1924 gerou-se uma polémica tao grande que o director do museu, Hans Secker, foi forçado a renunciar.

Em 1924 DIX juntamente com outros artistas que tinham lutado na primeira guerra mundial prepararam uma exposiçao com o tema Nem mais uma guerra ! DIX produziu também um livro gravura a água-forte, a guerra (1924) que foi descrita mais tarde por um crítico como "talvez a mais poderosa obra anti-guerra na arte moderna".

Durante este período, DIX fêz uso extensivo das fotografias que tinham sido feitas por soldados alemães. Muitas destas fotografias foram usadas mais tarde por um outro artista pacífista alemão, Ernst Friedrich.

Otto DIX trabalhou por seis anos naquelas que são consideradas as suas duas obras primas, Metropolis (1928) e Trincheiras da Grande Guerra (1932).
Em 1933 Hitler sobe ao poder na Alemanha. O seu governo nao gostava das pinturas anti-militares de Dix e tudo fez para que ele fosse desacreditado e demitido da Academia de Dresden. Foi então viver para perto do lago Constance no sudoeste da Alemanha . Entretanto, duas das suas obras, a Trincheira e Aleijados de guerra, sao exibidas numa exposiçao nazi intitulada Reflexoes sobre a decadência, com o intuito de denegrir a arte moderna.

Dix ainda respondeu à exposiçao nazi com um poderoso quadro anti-guerra chamado Flandres mas teve que se enquadrar no apertado controlo efectuado pelos nazis a todos os artistas não conotados com o regime. Dix continuou pintando, sobretudo paisagens mas nalguns quadros desta época encontram-se elementos codificados de oposição ao regime nacional socialista.

Em 1939 é acusado de ter atentado contra a vida de Hitler mas as acusações caíram e Dix é libertado. Obrigado a juntar-se ao exército alemão em 1945 é capturado e preso num campo de concentração dos aliados.

Libertado em 1946, regressa a Dresden , cidade que ficou totalmente destruída com os bombardeamentos efectuados nos útimos dias da 2° Grande Guerra pelos ingleses. A maioria das suas obras pós-guerra são de cariz religioso. Otto Dix morre em 1969.